Os Sofistas eram sábios. Eram
especialistas em determinadas áreas do saber e, com certeza, especialistas na
retórica. Portanto, não eram tidos como filósofos, mas como pessoas escreviam
bem e ensinavam. Eram percebidos como quem tinha muito conhecimento a
transmitir.
Eram muito procurados e faziam “sucesso”
entre os jovens. Cobravam por seus ensinamentos e não procuravam a verdade. Por
isso, a palavra "sofista" começou a ser utilizada em sentido
depreciativo. A palavra passa então a ser utilizada no sentido de charlatão ou
mentiroso.
Sócrates foi um dos principais responsáveis
pela má fama dos sofistas. Apesar disso foi muitas vezes confundido com eles.
Ao contrário dos sofistas, Sócrates dispensava gratuitamente o seu saber a quem
dele necessitava - achava vergonhoso vender o saber na praça publica. Sócrates
os via como mercadores, que elogiam os produtos que vendem mesmo sem saberem se
são bons ou não e que adequavam seu produto ao gosto dos compradores.
Como era hábito, e Sócrates usava o
mesmo local, os sofistas ensinavam em
locais públicos mais frequentados. Algumas vezes nas casas particulares dos que
os podiam acolher. Eram viajantes de cidade em cidade.
Os sofistas aprendiam tudo o que podiam em
suas andanças, notadamente interpretava os poemas de Homero.
Na democracia ateniense todo o cidadão
era chamado a participar da vida política, a ir a Àgora defender o interesse da
polis. Isso justifica a importância que assumem os sofistas. Eles oferecem –
recendo por isso - o ensino da virtude e
técnica.
Os Sofistas vieram suprir a necessidade de fazer
política naquele contexto histórico. Antes deles não havia quem ensinasse a
retórica, a arte dos argumentos
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