Prof. Amilcar Bernardi
O Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial, cultural e, principalmente econômico de um país sobre outro. Notadamente ocorreu no final da época da revolução industrial. Evidentemente que havia enormes interesses dos capitalistas, mas travestiu-se esses interesses de uma missão evangelizadora sobre os povos não cristãos (povos indígenas e áfrica). Os Europeus entendiam-se como possuidores de uma cultura superior e detentores da religião.
Na segunda metade do século XIX, países europeus como
a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes
potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um
grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram
atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios
econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.
O que acontecia é que os povos mais fortes em
tecnologia, capital e armas apoderavam-se de vastos territórios. As colônias
rendiam muito, pois compravam os produtos da metrópole (produtos industriais) e
sustentavam a Europa com as matérias primas que os capitalistas europeus
precisavam.
No final do século XIX e começo do século XX, a
economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Segunda Revolução
Industrial (motores a gasolina e a diesel e eletricidade) aumentou ainda mais a
produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses
produtos. Os monopólios cresceram tanto que precisavam absorver os países
dominados em busca da mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores. A
maior parte dos capitalistas e da população dos países imperialistas
acreditavam que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da
ideologia do progresso.
John Hobson foi um dos economistas que teorizou sobre
o imperialismo. Ele entendia que houve
uma distribuição desproporcional da riqueza. Os capitalistas acumulavam muito e
as classes mais pobres consumiam pouco. Esse
acúmulo de capital acabava sendo absorvido pela poupança. As elites para
ampliar o consumo de seus produtos e para poderem consumir outros produtos,
provocaram as ações imperialistas.
Para Hobson os interesses econômicos instigam os
governos a praticarem o imperialismo no intuito de explorar economicamente
outros povos. A ordem é drenar as riquezas dos outros países. Como já foi dito,
havia outros interesses, não necessariamente econômicos, como os religiosos e
os ímpetos militares. Sob o ponto de
vista moral, os governos não podiam assumir sua lógica notadamente capitalista.
Então justificavam-se dizendo que suas intervenções internacionais desejavam a
elevação moral dos povos mais atrasados. Segundo Hobson, o imperialismo não é
algo cego, irracional. É, certamente, um planejamento das classes dominantes.
Se há irracionalismo, ele é praticado pelas classes subalternas submissas às
intenções das classes que efetivamente comandam. Essas castas de privilegiados acumulam tanto
capital que seu país de origem não é suficiente para aplicar seus recursos
tanto em produção quanto consumo de bens luxuosos. Isso, como em um círculo
vicioso, estimula a procura por novos mercados externos. O comando desse
processo estava nas mãos dos grandes bancos e financeiras. Elas decidiam o
futuro do planeta econômico. E deu tão certo que os responsáveis por essas
instituições ficaram tão ricos que por mais que gastassem ficavam cada vez mais
ricos. Investiam então na poupança e no crescimento do capital. Não havia
espaço no seu país para investimento na produção. O consumo de tudo que fosse
produzido era impossível. Tinham que produzir para o mundo.
(John Atkinson Hobson (Derby, 6 de julho de 1858 - 1 de abril de 1940) foi um economista inglês, crítico do Imperialismo. É um dos principais representantes do reformismo burguês. Deixou uma obra de mais de 30 volumes, dos quais os mais importantes são, A Evolução do Capitalismo Moderno, e o Imperialismo. Embora seja habitualmente considerado um marxista fabiano, Hobson sofreu influência de diversas correntes de pensamento, de Marx a Sombart e Veblen. Seu caráter profundamente herético fez com que sua obra, por sua vez, influenciasse autores tão pouco semelhantes como Lênin e Keynes. Wikipédia, enciclopédia livre)
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