Prof. Amilcar Bernardi
Na origem do comércio (trocas de mercadorias) um problema era
seguidamente
discutido. Quanto vale o que queremos trocar? Essa Questão era (e
ainda é) de suma relevância numa sociedade capitalista onde tudo vale algo, ou
seja, onde uma mercadoria será trocada por outra.
Historicamente foi feita uma distinção entre valor de uso e valor de
troca. Percebeu-se que alguns produtos satisfaziam as necessidades da pessoa
pelas características físicas do objeto produzido. Satisfaziam no sentido de
poderem ser usadas para algo que era importante para quem precisava do produto. O que é produzido, segundo este ponto de
vista, orienta-se pelo interesse das pessoas.
Esse produto é pensado, então, pelo seu valor de uso. Com o desenvolvimento do comércio é fácil
imaginar que tal pensamento não era suficiente para satisfazer as necessidades
conceituais do comércio crescente. Para
que o excedente de produção fosse crescente era necessário que o produto fosse
trocado não por outro de acordo com a necessidade, mas que um bem pudesse ser
trocado por outros bens ou por dinheiro seguindo não mais os ditames do uso
imediato. Evoluiu o pensamento ao
conceituar outro tipo de valor, o valor de troca. Este era não mais
determinado pela satisfação das necessidades da pessoa, mas sim pela
possibilidade de trocar algo por moeda e esta por outros produtos. Os produtos
eram então adquiridos por desejo apenas ou ainda pela necessidade.
O valor de troca segue a fórmula:
produto - moeda - produto (num infinito ir e vir). A produção distancia-se do consumo
imediato sendo mediada pelo mercado. Essas trocas impessoais passam a
medirem-se pela lei da oferta e da procura.
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